PALAVRAS

Devaneios de uma vida

sem leitores, sem plateia,

jogados em folhas frias

em papéis amarrotados...

Quem sabe, um dia serão lidos?...

absorvidos, compreendidos,

por pessoas tão sensíveis

que percebam como eu sinto

gestos, sons e atitudes,

e como me afetam a consciência

atos nobres ou sem virtudes;

Como é doce esse sabor!

O sabor da divisão,

dividir minhas poesias

como um pai divide o pão...

Ah! quem dera minhas palavras

tivessem esse poder...

Ficar gravadas na alma

de alguém que as quisesse ler...