Retórica de uma Crença Falida

Descontentamento, sorrisos amarelos,

Olhos perdidos no tempo,

Pratos feitos, a fome corroendo o peito,

Embriagado de saudades e desencantos...

Sonhos frustrados, o adormecimento das vontades,

Castram, constroem insignificantes alicerces de pedra e poeira,

E na solidão desta construção o silencio reina em total liberdade...

Face apagada, lembranças mortas, lagrimas entrelaçadas sob a mesa farta,

As mãos em oração repetem o sinal da cruz,

Vendavais de esperanças incertas,

Prisões de uma vida acondicionada,

Tantos deuses, e um Deus que não estende a mão,

Nestes dias de angustia e aflição...

A alma vazia segue a sua rotina,

Cheia de alusão quanto ao valor de suas ações,

Sobre o certo e o errado,

Sobre no que crer, sem ao menos ser acreditado,

Vivendo de glorias passada,

Fatos já consumados,

Consumido pelo fracasso...

A mesa farta de tantos desejos,

Transborda toda a crença no Deus da criação,

À espera de sua dispensa cheia,

Do pão de cada dia,

Vive seus dias sem entender de fato,

Que, todo valor vem de seu suor e da força dos seus braços...

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 02/06/2010
Código do texto: T2295126
Classificação de conteúdo: seguro