OS FRUTOS DO OUTONO
No jardim da vida ganhamos vários terrenos assim que nascemos. Até a maturidade, nossos pais, educadores e experiências nos ensinam a arte da jardinagem da vida. Depois, cada um de nós, sozinho, é responsável pelo seu plantio e pela colheita. Ganhamos terrenos áridos, pantanosos, férteis, arenosos... Não importa o terreno ganho. O que importa é o que iremos plantar e como. Se o nosso terreno for árido, teremos que irrigá-lo bem, adubar bastante, só então colheremos os mais belos frutos. O fato de termos que trabalhar o terreno, empregando nosso tempo, sentindo que valeu o esforço gasto, nos faz mais felizes e realizados após a colheita.
Se o terreno é fértil, maravilha! É só plantar que tudo dá sem grande esforço. Ficamos também felizes, mas não aprendemos nem valorizamos, como deveríamos, a colheita. Se o terreno é pantanoso, arenoso, o mesmo esforço, a mesma garra para colher frutos e flores. Mas, o que nos enriquece mesmo, o que nos faz crescer como pessoas, é a grande descoberta de que, sozinhos, podemos ser sábios jardineiros subindo e descendo montanhas, carregando fardos de adubos, aguando nas horas necessárias... Depois do esforço vem a recompensa nas flores e frutos colhidos nesse instigante jardim da vida.