O reflexo dos nossos atos
As nossas atitudes estão sempre trazendo algum reflexo, mínimo que seja, à vida dos nossos.
Vi, na data de ontem, 26.05.2010, uma chamada, para uma reportagem que seria exibida no Bom Dia Minas, jornal das 06:30 horas, mais ou menos, aqui das Minas Gerais. A reportagem exibiria um caso envolvendo pessoas que tentavam vender um imóvel, que não era propriedade delas, para uma terceira pessoa, que, como bom mineiro que é, desconfiou do negócio e acionou a polícia. Na tal chamada, vi três ou quatro homens, aparentemente, já de idade avançada, ou seja, senhores, sendo presos em flagrante por alguém da polícia.
Não perdi meu tempo e não assisti a tal reportagem. A uma, porque não tenho interesse, no momento, de comprar qualquer imóvel; a duas, porque o fato se deu num desses nossos interiores de Minas, longe aqui das coisas da Capital.
Mas o destaque que quero dar não diz respeito ao estelionato, em si, se é que ocorreu e que teria sido o motivo de tais prisões. O interessante é a situação que envolve essas pessoas, presas diante de uma câmera de televisão e mostradas para muitos lugares e pessoas outras. Constantemente, as câmeras de televisão têm mostrado situações outras em que pessoas são flagradas em atitudes criminosas. Essas atitudes influem, diretamente, na família. Filhos, esposas e parentes mil. Cada uma dessas pessoas deve ter, pelo menos, um ou outro conhecido que viu ou tomará, de alguma forma, conhecimento desses fatos.
E aí fica a pergunta: porque as pessoas não procuram agir dessa ou daquela forma, mas de uma maneira tal que não afete ninguém à sua volta? A resposta: não faço a mínima idéia. Elucubrações à parte, talvez, seja por entender que com elas nada vai acontecer ou porque se julgam acima do bem e do mal.
Não há, aqui, a intenção de julgar ninguém. Quem somos nós? Vivemos cada um com os nossos problemas, procurando impedir que nossos atos afetem alguém além de nós.
O que se quer demonstrar é que cada ato nosso acaba por refletir na vida daqueles que estão à nossa volta. Por isso, devemos procurar agir de maneira que não venhamos a atingir aqueles que amamos. Se é que os amamos, porque amar é não fazer ninguém sofrer, é suportar todas as coisas e ainda sorrir.
E é por amor que devemos ter uma conduta justa e procurar agir de forma correta. Não há, também, que se discutir filosofia e definir o que é justo e correto, porque essas definições, muitas vezes, variam de pessoa para pessoa.
O que ocorre é que cada ato nosso, cada palavra dita, tem um peso no mundo exterior e através deles, atos e palavras, podemos atingir aqueles que nos rodeiam.
Pensemos em nosso agir. As nossas ações causam marcas, muitas delas indeléveis.