Primeiro de março de 2010
Ao ouvir minha própria voz, não me reconheci. Entendo a subjetividade a qual me submeto, mas desconheço os lapsos de estranheza que vem e vão sem aviso prévio. Como ontem, quando chorei lágrimas já secas. E fico no impasse de não me decidir se sei o suficiente ou nunca soube nada de fato. Talvez esteja procurando algo que preencha meus pensamentos acima da rotina esmagadora. Quando digo que preferia esquecer, minto. Percorrer o mesmo caminho novamente me cansaria, e fico feliz que já o tenha feito. Meu maior problema é que não há problema. E isso me traz tédio somado a uma ponta de decepção. Quero o drama dos dias vazios.