Um coração que sente e uma razão descrente

Há alguns dias tenho voltado meus pensamentos para o lado espiritual, o que me confunde ainda mais. Meu objetivo aqui não é discutir existência e sim atitudes.

Onde está Deus? Qual o lugar que Deus ocupa na vida de cada pessoa?

Questiono-me ao constatar que a maioria das pessoas, a qual possuem uma crença, só encontra Deus nas horas de infortúnio, de dores, de aflição, de dificuldades. A percepção que tenho é que Deus está sempre na base da pirâmide e quando não temos mais armas ou recursos o transferimos para o topo piramidal.

Vejo a todo instante pessoas encontrando Deus na morte de um ente querido, numa grave doença... Acho que no fim de tudo, fazemos a ligação do Deus da criação e quando estamos em frente à ameaça da vida interrompida ou uma má condução da mesma, percebemos aquele que nos criou como capaz de devolvê-la em sua ordem saudável e natural.

Para os que crêem, como eu, talvez se questionem o porquê da dificuldade de procurarmos Deus na hora de alegria e nos momentos de calmaria.

Sempre chego à conclusão de que, em vários questionamentos, os discursos acabam pesando sobre as crenças e encontramos a razão gritando pelo topo da pirâmide.