AS ROSAS... À LUTA.

AS ROSAS... À LUTA.

Agora, no final, eu consigo guardar as armas...

Preparo as mãos pra secar todas as feridas... Outra vez.

O ideal seria que todos rezassem juntos,

Mas cada qual se empenha em trair seu próprio crucifixo.

Como se tudo renascesse junto às rosas frágeis

Que oferecemos quando todos estão de joelhos.

Mais uma vez, estaremos a caminho, porém ainda distantes.

Seria muito fácil, precisaria apenas ser real,

Ao menos como a fumaça de cada um dos meus cigarros...

Que some nos ares dos sentimentos diversos,

Mas não o é e isto é tudo que poderemos saber.

Como se tudo fosse podre até que o santo beije...

E o perigo está em nada nos tocar a Alma...

Como uma estrela tatuada num ombro cansado de culpas.

Não consigo marcar as cartas deste jogo arriscado,

Sufocando uma verdade que não cabe em mim...

Por não ser só minha... E não ter como dividi-la.

Ainda mantenho comigo aquele sigilo despretensioso

Que um dia me fez pensar ser possível voar sem roubar o céu dos anjos...

Eles não têm espaço na Terra e eu não conquistei o meu palmo de chão nas nuvens.

O ideal seria que todos dessem as mãos,

Mas cada um está ocupado em puxar o seu próprio gatilho.

E a próxima vítima não será algum de nós...

Ainda não teremos a nossa grande chance... Vistamos nosso luto!

Mais esta vez, estaremos juntos e, ao mesmo tempo, solitários. ///

Márcio. 11/05/2010.

ADIANTE SEMPRE!

Adiante Sempre
Enviado por Adiante Sempre em 17/05/2010
Código do texto: T2262816
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