Barreiras
Quantas barreiras fantasiosas impostas,
Inútil sua força, impondo motivos nas emoções.
Mente atrevida, queria amar e esquecer,
Atingindo o âmago cicatrizado de outras vidas,
E ainda assim doído e inseguro.
Acrescentar sagacidade para dar o tom,
Refugiar-se nas palavras e não tomar para si a dor,
Precisa de um choque de alta tensão para acordar.
Não deixe passar esse momento tão lindo de ser você,
Não um quadro na parede da mente esquecida.
O senhor tempo nos oferece abrigo álacre,
Para que assim passe despercebido.
E de repente, notasse defronte a outra barreira,
Uma espécie de véu, intransponível pelo corpo,
Acessível somente por aqueles com almas sublimes,
Não superiores apenas inocentes.
No fundo o som daquela gaita que parece chorar.
Estagnada sofro, mas não desisto e ainda persisto em adentrar.
Com isso, a carruagem segue em frente, melancólica e voraz, aguda e letal.