URGENTE: Não leia!
Ah, meus versos são curtos
Neste ambiente taciturno
Que são as ruas da cidade
Essa coisa de caminhar sempre em direção ao norte
Está me deixando cansado e desnorteado
Aceno ao taxi livre
Sem saber se minhas moedas vão compensar a viagem
A janela do carro
É como a tela de cinema
Que assisto não de dentro pra fora
Mas de fora pra dentro
Venho arando as terras
Plantando sementes
Que depois dão frutos
Pelos quais ninguém colhe
Ascendo mais um cigarro
Meus conceitos são nebulosos
E trago a amarga idéia
De que tudo que sei não me basta
Ah, se pudesse fazer um poema sobre mim
Diria que seria inútil cada estrofe e cada verso
Porque seriam recheados de falta de propósito
E de angústia de saber-se limitado no mundo