Onde estás Meu Amor?
Não foi nesta estação...
Não tive tempo ...
Olhei e não te vi..
Se te vi não enxerguei e passastes...
Me entreguei à uma ilusão...
Tentei fazer um lar...
Gerei vidas preciosas...
Amores na forma de gente...
Produção minha, frutos só do meu amor ...
Criar filhos só é renunciar à um novo amor ...
É responsabilidade, se dar ao desfrute pode ser perigoso..
Outras mãos tocando nossos filhos, educando, talvez maltratando..
Como saber, na testa não se vislumbra o dna defeituoso...
Nunca um abraço, um carinho, um alento, um aconchego...
Nunca sonhos que se sonham juntos.
Os filhos percebem a falta de sintonia...
Mas se de um lado encontram amparo, guarida , aconchego
Estão protegidos...se sentem seguros , seguem felizes
E renunciei ao romatisto, ao amor , à luxúria, à paixão...
O temo voa..os filhos crescem ...
E a solidão se agiganta ...o coração palpita ..
O corpo reclama...
Amor onde estás?
Não me dei chance, não me tornei disponível...
Passastes, não te vi...
Poderias ser o amor que me ajudaria à construir um lar..
Medrosa ...segui tão só...
Te perdi!