Nossa Vida
Se pensarmos em nossa vida como um aglomerado de coisas materiais, teremos que admitir, igualmente, a desigualdade entre os homens e reconhecer como naturais o egoísmo e a luta desenfreada pela posse e pela divisão dessa matéria. Mas, o homem não é, em absoluto, um ser constituído unicamente do corpo material. Envoltos no dia a dia, tendo como preocupação quase prioritária a manutenção do que chamamos de essencial, acabamos por nos desviar da verdadeira razão de nossa existência.
Somos filhos de Deus, dotados de capacidade infinita. Já temos o que precisamos. Trabalhamos para o cumprimento de uma missão cuja recompensa não vem apenas em forma de ganhos financeiros; o dinheiro é um meio e não uma finalidade. Enriquecer para trabalhar, este precisa ser o nosso verdadeiro objetivo e não o oposto, como se julga ser.
Abundância é um termo por demais abrangente para ser encarado apenas como conforto material. Ter abundância é ter, de fato, tudo. E isso inclui amigos, ótimas idéias, grande sabedoria, vigor, anos de vida e muito mais. Não é pecado nem ganância possuirmos bens materiais, contanto que tenham sido adquiridos de maneira honesta e sejam utilizados de forma a proporcionar felicidade a um grande número de pessoas.
Assim, a felicidade chega até nós como recompensa a uma vida livre de egoísmo. Isto não quer dizer que precisamos abrir nossas residências ao público a qualquer hora do dia ou da noite e abrir mão da privacidade. Se pudermos utilizar parte da riqueza que tivemos a permissão de conquistar em nossa sociedade com a finalidade de impulsionarmos as vidas daqueles que, como nós, possuem o desejo de crescer, estaremos cumprindo, de fato, a nossa missão.