Apenas Recordação
Era só pra lembrar que eu caminhei diante da imensidão, tão linda e ao mesmo tempo tão bucólica e silenciosa a paisagem, mas, era só para lembrar-me de você, simplesmente trazer você ao silencio para melhor reviver seu olhar, seu beijo, e sentir que foi numa tarde assim que o tempo estendeu um opaco manto e encerrou um dos poucos capítulos de generosa felicidade que eu vivi.
Não, não vim lamentar, eu vim lembrar você, e quando se lembra um amor não se deve lembrar o amargo, mas o doce que nos trouxe a memória do reviver, a flor e nunca o outono dos jardins.
Você tinha nas mãos um velho cascão, rsrsrsr, sim um velho modelo de cascão de sorvete, não, não se faz mais aquilo, uma delicia, mas é parte de um passado. E deslizando a memória nesta ousadas e inusitadas revoadas através do que passou, havia tantas delícias, este mesmo, este sorver da mesma brisa da tarde sempre é uma dádiva, passageira como agora é, linda e apaixonante, como foi.
Era só para lembrar, mas embora esta imensa vontade de reviver apenas o bonito, é inegável que junto ao crepúsculo que determina o fim da tarde, o fechar das cortinas de tão linda aquarela, a profunda absorção em coisas do passado nos aflige com uma intensa nostalgia, um nó na garganta que embora o retorno a realidade, plantados ficamos no passado com a certeza de que ficou algo a terminar, um vácuo que os sons da noite nos trazem quando retornamos da breve caminhada sombreada agora da imensidão do passado, sob o luar.
Era só para lembrar... O tempo é impiedoso, mas não nos poderia negar estes momentos, apesar de nada nos poder dar além deles.
Malgaxe
Era só pra lembrar que eu caminhei diante da imensidão, tão linda e ao mesmo tempo tão bucólica e silenciosa a paisagem, mas, era só para lembrar-me de você, simplesmente trazer você ao silencio para melhor reviver seu olhar, seu beijo, e sentir que foi numa tarde assim que o tempo estendeu um opaco manto e encerrou um dos poucos capítulos de generosa felicidade que eu vivi.
Não, não vim lamentar, eu vim lembrar você, e quando se lembra um amor não se deve lembrar o amargo, mas o doce que nos trouxe a memória do reviver, a flor e nunca o outono dos jardins.
Você tinha nas mãos um velho cascão, rsrsrsr, sim um velho modelo de cascão de sorvete, não, não se faz mais aquilo, uma delicia, mas é parte de um passado. E deslizando a memória nesta ousadas e inusitadas revoadas através do que passou, havia tantas delícias, este mesmo, este sorver da mesma brisa da tarde sempre é uma dádiva, passageira como agora é, linda e apaixonante, como foi.
Era só para lembrar, mas embora esta imensa vontade de reviver apenas o bonito, é inegável que junto ao crepúsculo que determina o fim da tarde, o fechar das cortinas de tão linda aquarela, a profunda absorção em coisas do passado nos aflige com uma intensa nostalgia, um nó na garganta que embora o retorno a realidade, plantados ficamos no passado com a certeza de que ficou algo a terminar, um vácuo que os sons da noite nos trazem quando retornamos da breve caminhada sombreada agora da imensidão do passado, sob o luar.
Era só para lembrar... O tempo é impiedoso, mas não nos poderia negar estes momentos, apesar de nada nos poder dar além deles.
Malgaxe