Do nada que temos

Nada temos, nada somos, nada fazemos. Vivemos a vida num nada constante que, às vezes, nos permite alguns momentos em que nos enchemos de fantasias de algo mais possa acontecer. E esse algo, pouco depois, vira parte do mesmo nada.

As sensações, aquelas que povoam a mente, são contrários inevitáveis. Parecem ferver à distância, alimentada pela ignorância dos fatos que, de perto, são mais reais que o próprio encontro e causam tantos desencontros quanto as incertezas, vertentes do vazio.

Daí, é a solidão. A impressão de que tudo não passou de um desejo sonhado, de outra fuga mal sucedida, de outra questão sem nenhuma resposta. E no nada de tantos supostos, numa rotina original e ordinária, vivencio o nada que temos nessa constância intermediária...

GAN EAGLE
Enviado por GAN EAGLE em 02/05/2010
Reeditado em 07/05/2013
Código do texto: T2232223
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