Volta...
Uma rima minha única companhia
Nesse exílio de dias deixo a minha única estadia
Que se vai conforme a uma única rima
Escrevendo os anos na ponta dos meus dias
Cada segundo nessa estrofe é um uma hora que sofre
Por passar em uma chuva no amor que agora morre
Não sei se apago uma luz ou ascendo uma linha
Já passa um vento de noites, dentro de uma paz adormecida.
Meu castelo é meu próprio juízo
Que vai tecendo o que hoje não digo
Nem estou a fim de dizer
Para falar alguma coisa, acredito que precisamos merecer.
Não se vai com o vento na terra de João e Maria
Deixo meu clássico na estante essa é minha única companhia
Alguns velhos livros vão redecorando a minha hora
Olhar eles na estante é ver se ao menos me falta uma nota
Já dormi com os anjos, agora me resta às formigas.
Passa uma linha no norte, sai outra nessa rima de filas.
Que esperam a sorte para quem sabe nascer
Espero a lua voltar, para quem sabe o passado escrever.