Céu
Sonhei que lá bem acima numa nave eu estava,
depois de muito tempo eu na minha terra retornava,
observava este planeta, mas apenas um pontinho aparecia,
neste magnífico universo daquela distância ela era quase nada,
em cada passagem sempre admirava, não queria mais voltar,
aquele minúsculo pontinho não queria mais nunca morar,
jamais este meu planeta maravilhas iguais me oferecer!
O universo no seu esplendor imenso a terra pouco oferecia,
ledo engano, eu logo via quando a nave da terra aproximava,
na minha pequenez constatava, a grandiosa bola que girava,
sua cor daquele azul majestoso belíssimo como encantava!
Meu Deus! o universo é belíssimo e a terra faz parte dele,
se o paraíso está em alguma parte é lógico que é aqui,
e olha que não tinha aproximado bastante, já via as maravilhas,
tudo era belo, se outro ser de qualquer planeta distante
tenho certeza, que se acreditasse no céu, falava que era aqui,
se ao longe a terra de cor um azul deslumbrante
chegando aqui pelo menos num certo local de verde exuberante,
a floresta do nosso Brasil querido preenchendo belezas neste planeta,
onde os índios habitantes naturais, deleitavam tamanhas emoções,
neste seus habitat, não tinham noções de todas as artificializações,
vi neste mundo também quantidades de animais exuberantes,
até a música se impregnava aqui, nos concertos de certos pássaros,
à vida abundante que permitia as águas límpidas de suas nascentes,
em alguns lugares as cachoeiras, que caiam de modo altaneiras,
o resto do mundo se admirava de tudo isso por ser beleza intensa
e nós brasileiros todos felizes, só tínhamos satisfações imensas,
mas sempre acontece uma coisa triste, ao acordar eu logo via,
meu sonho foi infelizmente uma eterna e imensa fantasia,
tudo que sentia e queria que existisse aqui era uma utopia,
os verdes das matas não estavam mais tão exuberantes,
os índios os brasileiros natos, estavam tristes e modernizados,
e o pior das muitas tribos existentes, quantas foram dizimadas!
os animais mesmo os mais fortes, iam de encontro com a morte,
não existia mais os concertos magistrais dos pássaros,
a vida parecia desaparecer, as nascentes poluentes soterradas desaparecia,
meu Deus! O Céu não é mais aqui, então eu tristemente concluía!...