Na paz que o caos permite...

Eu teço a minha rede...

Já me desfiz demais...

Preciso de um descanso.

Cortina de ilusão

Vedando o vendaval

Me deixa bem, porquanto...

Mas hora sei virá

Que o abalo me comova

E o fim mostre a sua cara...

Por hora fico assim

Olhando o meu umbigo

Sem me preocupar...

Alheia ao que se dá

Atrás dessa parede

Eu teço a minha rede...

E mato a minha sede

Na trégua obrigatória

No sonho que me arvora.

ANJA PERALTA
Enviado por ANJA PERALTA em 26/04/2010
Reeditado em 23/02/2011
Código do texto: T2220709
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