Artificiais

O tempo arromba as portas do silêncio;

Calado, a vida se dissolve em pura introspecção;

É como conhecer a si próprio, como a palma da própria mão.

Enquanto o mundo é mundo, e gira,

Me conservo longe e seguro,

Apoiado em raros momentos inesquecíveis,

Que não recordo no momento.

Mesmo com portas escancaradas, as janelas é que me atraem;

Delas observo o silêncio do mundo lá embaixo,

Sob a luz fria de lamparinas artificiais.

À noite me aproximo do horizonte;

Sinto como se estivesse voando sobre a cidade,

Sobre estrelas feitas pelo Homem,

Aguardando breve amanhecer.

waltervitalino
Enviado por waltervitalino em 25/04/2010
Código do texto: T2219594
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