Morte
Um dia não mais os meus olhos abrirem
E chegada a hora de não mais ser poeta
As mãos e ceifada a destreza da caneta
Os pulsares nas veias não prosseguirem
O calor do meu corpo vai se lentamente
Sei que será eterno e deixarei para sempre
A morte sobreporá à pequena vida desse andante
Por falta de nuvens ainda tenho no céu uma cadente
Que me faz vivo em cada novo amanhecer
Deixando a morte em seu plano a esperar
Vou tecendo teias em versos do meu viver
Que ficara para sempre se um dia a vida acabar