A beleza da tristeza
A tristeza também é boa, minha gente, pois pode nos fazer parir escritos! Brincadeiras de palavras que podemos não saber se são boas, mas são nossas! Quase sempre aprecio estar só, pois, assim, fica mais simples dar à luz um pouco de mim, uma dosagem de um mundo que fervilha, querendo rebentar, mas é covarde, pois tem medo de errar, não agradar, compreendem?!? É claro que compreendem!
Louvo, portanto, mais do que nunca, a plenitude da tristeza, que deu aos poetas a chance de traduzir muito do indizível, de musicar a solidão, o amor perdido, a saudade, o vazio... Salve o cárcere privado da maldizente tristeza! Esse reduto dúbio, posto que é tenso e apascentado, quente e frio, ao mesmo tempo, propício a indescritíveis meditações!