Ás vezes, é preciso ser imortal.
Eu morri.
Foi tipo um assassinato... Bem vagaroso bem doloroso.
Eu morri.
Mas não foi a primeira vez...
Isso é tudo que você tem?
Então, pode me matar mais umas duas vezes essa semana.
E eu vou simplesmente levantar de novo.
Ele levanta.
Sangue nas mãos, sua blusa branca complemente manchada. Ele arranca a faca do peito, joga no chão. O sangue jorra.
Então ele dá as costas, e parte. Passos firmes, lágrimas nos olhos.
Mão fechada.
Ele começa a correr, às vezes é preciso correr.
As vezes é preciso dar as costas.
Nem doeu tanto assim doeu? Foi só mais uma queda.
E o que é uma queda pra quem já caiu tantas vezes?
E o que é uma morte?
Havia uma rosa no meio do caminho.
Será que era apenas mais uma rosa comum?
Eu não sei, mas eu estou deixando minhas dúvidas, para trás.
Levante-se.
Não precisa correr mais, você já está longe.
Olhe o horizonte, só existe uma estrada: pra frente...
Já da pra sentir cicatrizando.
Às vezes, é preciso ser imortal.
Mesmo que você não seja.
Ás vezes simplesmente é preciso ser.