Deixas...
Por mil palavras deixei de dizer
Uma agonia ancestral quando escolhi escrever
Minhas palavras se misturam aos sentidos
Hoje um coração bate mais, é de um único alivio.
Resgato-me da senzala dentro da minha liberdade de expressão
O meu tempo é o passado, pois escrevo com escolhas nas mãos.
Deixo o meu coração levar as palavras que ele quer criar
Inicio-me dentro de um ritual que escrevo para a vida desdobrar
Posso deixar meus ouvidos aflitos
Meu peito vem comigo nessa agonia
Pois bordo a frio em uma linha esquecida
O que deixei na sombra de um amor de meio dia
Posso esconder o que passa mais finjo o sentido
Não quero que tu descubras, mais o amor levo comigo.
Nessa agonia plana escureço o meu real espinho
Que me afunila no tempo que o futuro havia discorrido...