Seis meninos, dois homens, o estado e nós...
Os meninos são as aparentes vitimas que seguiram um homem doente, que os matou, por quê? Eles não se lembraram das recomendações de ouro de suas mães:
_ Não falem com estranhos!
_ Não os sigam!
_ Não aceitem nada de desconhecido!
Dois homens; um tem as mãos manchadas pelo sangue desses seis jovens e de outros, só que para esse ato a justiça terrena não o alcançou, pois ele nunca foi julgado.
Preso, réu confesso, morto ou suicida? Não importa, pois ele continua sendo nosso irmão, que sobre as contingências de suas próprias fraquezas faliu mais uma vez.
O outro: homem culto, servidor público do alto escalão, que negligenciou seus deveres, que não realizou como devia o seu serviço, que com a desculpa de não sobrecarregar outros servidores não lhes enviou o caso desse “criminoso” para a devida análise.
As mãos desse homem também estão sujas de sangue, mas acrescidas a essa sujeira está a sua negligência, a sua preguiça, o seu conhecimento não usado em prol do ser, a vida de seis jovens e de um homem que até o presente momento não sabemos se morto ou suicida, mas para isso ele dá pouca importância e diz: “se eu tivesse que fazer tudo de novo, faria tudo igual.”
Acima desse homem público se encontra o ESTADO com sua precariedade, com seus governantes omissos, corruptos, irresponsáveis, com suas leis deficitárias, com sua má vontade em servir bem ao bem público.
Mas acima de todos esses nos encontramos a NÓS MESMOS!
Nós os cidadãos que elegemos esses administradores públicos, que garantimos o sustento do funcionalismo público desse país através de nossos impostos – que são frutos do nosso trabalho; que admitimos as negligências, a ineficiência, o desrespeito desses funcionários; nós que não exigimos as melhorias na EDUCAÇÃO – que deve ser capaz de promover o ser, na SAÚDE – que deve atender e tratar os doentes com dignidade e respeito, na SEGURANÇA e no SISTEMA JUDICIÁRIO – que deve coibir os erros e educar os errados, corrigindo-lhes a postura,...
Nossas mãos estão manchadas com o sangue de todos, pois nós nos calamos diante dos desmandos, diante dos poderosos, aceitamos na empresa pública que é nossa, funcionários relapsos, e convivemos com a injustiça: que premia com a aposentadoria servidores públicos que desviaram o dinheiro da JUSTIÇA, com leis falhas, com drogas licitas, com o esquecimento de Deus, com a indiferença pelos nossos irmãos, com a ganância pelo poder e pelo ouro, com o egoísmo e o orgulho que crescem em nossos corações e nos esquecemos de nossas responsabilidades perante nós mesmos, perante o próximo e perante DEUS.
“Amai os vossos inimigos”, fazendo todo o bem que puderem pelo mal que recebem.
Jesus fez essa recomendação há mais de 2000 anos, porque nós não entendíamos a nossa condição de IRMÃOS! Pense nisso...