MALLEUS MALEFICARUM
Quando concretarem
Minha lingua
Suas filhas emputecidas,
as palavras,
Continuarão a falar por mim.
Os males de amor não saram,
cicatrizam,
mas as feridas
ficam vivas por baixo
O destino é um novelo
que está dentro de nós
e vai se desenrolando
a medida que vivemos
Um dia o amor puxa o novelo
e o embaralha novamente
O amor no homem nunca termina,
Nele o homem escreve sua sina,
Se bem que em termos de amor
Nem tudo o que o homem escreve
Deus assina!
Para viver o homem precisa de pouco
Basta um prato de comida
Um bocado de sonhos
E um amor!
Emociono-me
Logo, existo!
A morte ainda anda do outro lado do espelho
Estou vivo
Não sei se adentro o silencio
ou se o silencio adentra em mim
Minha alma não é estática
ela tem portas abertas
Embriaga-se das coisas simples
Ela e suas naturezas intraduzíveis!
Para quem não ama
Não há céu limpo
Há apenas noites escuras!