MALLEUS MALEFICARUM

Quando concretarem

Minha lingua

Suas filhas emputecidas,

as palavras,

Continuarão a falar por mim.

Os males de amor não saram,

cicatrizam,

mas as feridas

ficam vivas por baixo

O destino é um novelo

que está dentro de nós

e vai se desenrolando

a medida que vivemos

Um dia o amor puxa o novelo

e o embaralha novamente

O amor no homem nunca termina,

Nele o homem escreve sua sina,

Se bem que em termos de amor

Nem tudo o que o homem escreve

Deus assina!

Para viver o homem precisa de pouco

Basta um prato de comida

Um bocado de sonhos

E um amor!

Emociono-me

Logo, existo!

A morte ainda anda do outro lado do espelho

Estou vivo

Não sei se adentro o silencio

ou se o silencio adentra em mim

Minha alma não é estática

ela tem portas abertas

Embriaga-se das coisas simples

Ela e suas naturezas intraduzíveis!

Para quem não ama

Não há céu limpo

Há apenas noites escuras!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 17/04/2010
Reeditado em 10/08/2020
Código do texto: T2202119
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