A procura de Mim
Estou diante de minha
Própria cela,
Invadida pelas minhas
Desilusões caóticas.
Meus pensamentos
Tornam-se cada vez mais
Agressivos e compulsivos.
Sinto-me outro indivíduo,
Com mais loucuras.
Tenho comigo turbilhões de
Pensamentos que nunca
Esperava possuir.
Aquele ser que antes
Estivera em mim,
Não sei se existe.
Já não me encontro...
Eu mesmo, sinto me fora de mim,
Sinto não possuir este corpo.
Penso então, que devo sempre
Questionar meu ontem,
Pois do hoje não me lembro.
Que o tempo corra
Em frente a minha cela
Para salvar-me dessa prisão,
Que traz com ela desilusões.
Solta-me, oh tempo!..
Que tenho que voar seguro,
Livre, sem rumo.