Do fundo do rio
(Do comentário para o texto: Descompreendo as Cores
De: Carlos Rodolfo Stopa)
Sinto que me foi concedida a permissão...Sobre o castanho digo: tenho medo. É como fundo de lago, a terra barrenta do leito do rio e seus mistérios, os sonhos abatidos, corpos perdidos, o puro desconhecido. O castanho é cor de mescla, uma junção de cores de uma paleta sob a batuta de um pincel sem controle. É cor de fruta, nem verde nem madura. Não se sabe a fundura. Não que eu compreenda a cor. Não ousaria. Compreendo sim o meu medo patente diante da sua quase concreta textura.
Em São Paulo, madrugada de 14 para 15/04/2010