Consumado
Praticas atentados terroristas com minha vontade,
Devolvo-lhe como furto consumado de sentimentos.
Sinto-me um lixo, após o ato, reciclo-me.
Acordada vejo-me em um pesadelo profundo,
Que vale culpa – lá, se sou eu quem pagará o preço.
Ainda mais se essa punibilidade não te satisfaz, não atende seus anseios de revolta e dor.
Dor, sim dor, por escolher a menos favorecida na rodas das amigas.
A mais conquistável, amável e idolatrada pelas outras, você se apaixonou pelos meus defeitos, meus erros, agora me julga.
Como ousa duvidar das minhas dores, elas não são fortes suficientes, deixando marcas no peito.
Querias um anjo e tens uma pecadora, uma criminosa.
Buscou conservaste, para o momento ideal e não percebeu que o momento ideal é agora.
Que você deixou passar, culpando aquelas pessoas inofensivas, que nenhum mal lhe fez.
A justiça prevalece de forma obscura em atitudes audaciosas e inconsistentes, apoiadas nas pilastras do passado sustentando tetos de vidros.