Pedaços
Os meus pedaços estão pelo chão, sinto-me em cacos...
Passos por uma estrada sem fim, lá ficam os rastros do meu sangue.
Seguem comigo a dor e a tristeza, a solidão e o peso do mundo...
De longe notam em mim a solidão que em meu olhar carrego, as rosas por onde passam murcham conforme os meus passos, aqui existe uma tempestade interminável, aqui existe o pouco do nada que eu tinha, e os gritos que do peito arranco são como arguilhões presos prontos para sair.
O meu céu é escuro, as minhas noites sem lua e o meu jardim está negro e em decadência, as flores que lá haviam foram esmagadas pela tempestade e lá de cima observei a devasta chuva levar consigo o que havia dentro de mim, e estou parado no meio do tempo em um beco sem saída... sem poder voltar, sem poder avançar.
Em mim só restaram cinzas.