Dissabor corriqueiro, é cotidiano.
Notadamente, o dia tem 24.
Não faço alusão aos do finais de semana, aos feriados inóspitos, causados, sem vida morumbe.
Retrato-me a estes cansados, por nós levados assim; Dia à dia, 24 qualquer.
Somos um intransponível portal frustrado que sabe das 168 semanais.
Dia após dia, semana após semana; 672 ao mês. Você sabe do que estou falando.
Criou-se uma roleta de dias e semanas, pactuada em números e feiras, que deixamos rolar.
Estamos todas as 24 atarefados em atividades mesquinhas, costumes ordinários, movimentos retardos e medianos.
Fazemos força para adicionar dias às nossas vidas, e não vida ao nossos dias.
Neste roda à roda, cada palavra que você diz e lê em seu dia é um momento da sua vida disperdiçado; parece mesmo que nossas vidas são tão inúteis para serem assim carregadas.
Somos tão pressionados com grandes autoridades - mídia, governo e outros -, que não podemos ser nós mesmos.
Não se lê tudo o que deveria, não se pensa a respeito do que assim se faria.
Cabe entender, outrora, aonde é que isto pode e vai nos levar.
Alexandre Garcia de Negreiros Bonilha.