Dissabor corriqueiro, é cotidiano.

Notadamente, o dia tem 24.

Não faço alusão aos do finais de semana, aos feriados inóspitos, causados, sem vida morumbe.

Retrato-me a estes cansados, por nós levados assim; Dia à dia, 24 qualquer.

Somos um intransponível portal frustrado que sabe das 168 semanais.

Dia após dia, semana após semana; 672 ao mês. Você sabe do que estou falando.

Criou-se uma roleta de dias e semanas, pactuada em números e feiras, que deixamos rolar.

Estamos todas as 24 atarefados em atividades mesquinhas, costumes ordinários, movimentos retardos e medianos.

Fazemos força para adicionar dias às nossas vidas, e não vida ao nossos dias.

Neste roda à roda, cada palavra que você diz e lê em seu dia é um momento da sua vida disperdiçado; parece mesmo que nossas vidas são tão inúteis para serem assim carregadas.

Somos tão pressionados com grandes autoridades - mídia, governo e outros -, que não podemos ser nós mesmos.

Não se lê tudo o que deveria, não se pensa a respeito do que assim se faria.

Cabe entender, outrora, aonde é que isto pode e vai nos levar.

Alexandre Garcia de Negreiros Bonilha.

Alexandre Bonilha
Enviado por Alexandre Bonilha em 09/04/2010
Reeditado em 09/04/2010
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