Ode ao ódio do amor

Eu odeio

Qualquer forma de amor

Me dá naúseas

De ver aqueles rostos felizes

Abraços apertados

Sorrisos e pensamentos alados

Como eu detesto

Ver um casal de namorados

Sei do fim deles

Já prevejo que esse amor banal

Vai acabar tão cedo

Quanto vida de inseto (esmagada)

E essas mentes avoadas

Escrevem tantas bobeiras

Poemetos mal feitos

Coração na casca da árvore

Bota num espeto

Este coração

Aquece junto a fogueira

E dá de comer às feras

Ah!Quanto bobeira eles dizem

Quanta melação!

Juro que mataria

Aquele anjo gordo

Se ele viesse com graça pra cima de mim

Xingaria ele de porco

Ou coisa assim

Beijos, beijos, palavras sussuradas

Que mal gosto

Que piada!

A vida te torna de pedra

E aí, quando vê

Está velha

Mal amada ...

O sujeito se engraçando

Com a primeira

Sirigaita

E você pensando ser a eterna namorada

O amor não existe

Ele é uma mentira

È uma sensação do organismo

Que dissipa nas veias

Qualquer substância estranha

Qualquer arrepio na entranha

Qualquer tontura que engana

E se diz já que te ama

Não! eu de qualquer forma

Detesto o amor

Laís Mussarra
Enviado por Laís Mussarra em 17/08/2006
Reeditado em 27/10/2006
Código do texto: T218570