Amanhã, mil e cem dias de solidão. E chegarão lágrimas que se juntam sem vazão, vagas rasgadas em mar dolente, ondas vertidas em olhar ausente.
Hoje, aproximando-se o longíquo momento, voltas a ser, como sempre foste, meu imperecível lamento, fantasma, sombra, sussurro, incessante e perene tormento. Será assim o fim?
Tu que me amaste e um dia tiveste, grande me tornaste, a mim, presa por um beijo que docemente verteste. As minhas asas, tendo-as, cruzariam além planicies e montanhas, seriam para ti, querendo-as, refúgio de tempestades tamanhas.
Não sentes? Não ouves? Este caminhar, estes passos ao lado dos teus, percorrendo dunas de luar, varridas eternamente pelo quente vento? São meus... para sempre meus...
nunca mais amei ninguem
meu coraçao é só teu
meu amor eterno
quem sabe um dia
nem que seja de longe eu possa
ve-lo..
PINK