Sobre as crueldades
Nesta vida há o que se perfumar:
até o que a lâmina escreve!
Eu sofro - me desespero
e espero quem me esquece.
E esqueço o beijo que apagaria
toda essa mágoa.
Minha mente mente-mente-mente...
Mas não se trata de negar
as contrariedades.
É tão puro esse meu desespero
esse querer-se transparente.
Uma página - antes branca - pre-sente
o que eu não soube dizer
(um pouquinho antes da margem)
à VERDADES.