PLACA DE IGREJA QUE SALVA
Comumente se ouve dizer que placa de igreja não salva, sim Jesus Cristo. Sim, Jesus Cristo é que salva, mas mesmo assim há algo muito errado neste dito. E hoje desejo confrontá-lo, com argumentos bem ponderados. De igual modo, há quem diga que não é preciso ir à igreja para ser cristão, pois se pode ficar em casa a orar e estando, desenvolvendo comunhão com Deus. Entretanto. Isto é verdade?
Quanto as placas, o que elas dizem?
Vivemos o tempo em que a comunicação ocupa todos os espaços da vida das pessoas e a maior parte dessa comunicação se faz de forma gráfica, símbolos que expressam pensamentos e escritas que transmitem informações. Placas que indicam saúde, soluções de problemas, abastecimento, segurança, socorro, sucesso, bem-estar, enfim, o caminho ideal. Outras placas podem indicar o caminho do vício, do sofrimento e da morte. Todas elas, porém, nos orientam.
As placas nos acompanham por toda a vida e por todos os lugares, sendo que, na maioria das vezes, resolvem nossos problemas e até nossa vida. Sem a placa na porta do hospital não se entraria para receber socorro; sem a que está ao lado de fora, as buzinas dos carros tirariam o sossego dos convalescentes, dificultando-lhes a progressão da saúde. A placa do supermercado indica o abastecimento familiar, enquanto a placa do banco indica a administração financeira e a segurança econômica. Umas placas nos organizam, outras nos tiram as dúvidas e muitas outras restabelecem a certeza, produzindo tranqüilidade enquanto umas outras nos causam repúdio e desespero. A placa do quilômetro indica quão distante já fomos, quanto custará o retorno e quanto tempo ainda resta para chegar. E nada mais confortante que a placa que diz que a cidade à qual nos dirigimos na noite fria através da estrada deserta está há cinco quilômetro. Que alívio! Afinal, não estamos perdidos depois de já termos rodado tanto. Mas se a placa tiver dado a informação errada, quanto sofrimento será retornar para achar o caminho certo.
Portanto, não vivemos sem as placas, elas nos servem em tudo o que fazemos. E, sendo assim, como poderemos dizer que placa de igreja não salva? É claro que salva.
Todavia, há as que salvam e as que não salvam. E quais placas não podem salvar?
A placa em branco, que não informa nada ou que dá a informação errada. Alguma placa pode dar a informação certa com detalhes errados. Tal placa também não poderá salvar. A placa que nos indica o caminho oposto, o caminho paralelo ou o caminho que se desvia apenas um grau do alvo também não pode salvar. A placa, porém, que indica o caminho certo, fornecendo precisamente também os detalhes, esta placa pode salvar a quem se guiar por ela.
Portanto, a sentença certa é: “Placa de igreja pode salvar e placa de igreja pode não salvar ou levar a destruição”.
Há placas de igrejas que indicam o caminho certo, mas adicionam detalhes errados. Estas são as placas das igrejas dos falsos profetas – aqueles que andam com a Bíblia sob as áxilas, mas não conhecem seu conteúdo, distorcendo ainda o pouco que conhecem. Milhares de denominações cristãs são assim, sendo caracterizadas pelo falar falsas línguas, fazer falsos milagres e prodígios e pregar que o retorno de Jesus é uma presença ou que Ele fará arrebatamento secreto de Sua igreja.
Há também o movimento de nova era cristã que visa implantar a meditação tipo yoga nas igrejas cristãs, forma como o inimigo de Deus e das almas fala diretamente na mente dos indivíduos se fazendo passar por Jesus, impondo-lhes obrigações que a Bíblia desaprova.
Há placas de Igrejas que parecem indicar o caminho certo, mas indicam caminho completamente oposto e tais igrejas são como as que concordam com a doutrina ocultista da imortalidade da alma, da consciência no mundo dos mortos, que pregam o inferno, o purgatório e o seio de Abraão, além de ensinar que seres humanos é que são “o caminho, a verdade e a vida”, como a igreja que ensina a confessar-se e pedir perdão a homens, bem como a fazer petições súplicas a imagens e a santos mortos.
E há placas de igrejas que nem mesmo parecem indicar o caminho certo, tampouco pretendem indicar, indicando logo o caminho à satanás, às trevas da morte eterna, mas, para bem poder iludir, vão adotando aos poucos certa aparência de cristianismo, pondo Cristo nos discursos com os quais iludem os descuidados, mas negando completamente os princípios e autoridade de Cristo.
Essas são as igrejas que levam a adoração franca do dragão, do inimigo de Deus, ensinando as pessoas a invocar os mortos, submeter-se a espíritos de demônios como se fossem seus entes queridos e a buscar a salvação por seus próprios esforços, praticando a caridade para merecer o perdão, em vez de aceitar o perdão de graça para, depois de convertidos, praticar a caridade como prova de transformação. Ou seja, praticando a caridade impulsionada pelo coração então caridoso, não pelo coração interessado em alcançar méritos.
E pior que isso, essas igrejas induzem as pessoas doentes a praticar medicina completamente anticientífica, charlatã no mais completo sentido da palavra, sem o menor efeito curativo, que leva o doente iludido a perder o tempo precioso de um tratamento correto. Em regra, as pessoas que se tratam com essa medicina falsa morrem das doenças das quais foram tratadas.
Muitas dessas igrejas invocam demônios em esquinas, em rituais de bate cabeça em reverência a espíritos imundos ou em centros com aparente ordem e santidade. Todavia, abrem a porta do abismo da mais negra escuridão, onde os seres inteligentes criados por Deus são governados por demônios do mais baixo nível intelectual e são arrastados para a morte sem retorno.
A placa de igreja que pode salvar, porém, é aquela que indica a Cristo como único meio e regra para a salvação, que não desautoriza Sua Lei soberana da Liberdade, que não nega Sua autoridade impondo a autoridade da própria igreja, inclusive sobre a Bíblia, que é a Palavra de Deus, que não desqualifica e tampouco desmerece Seu sacrifício na cruz em favor dos seres humanos. Ao contrário, a igreja cuja placa salva ensina a todo crente a submeter-se a autoridade de Deus e a aceitar o Seu perdão de graça como meio de alcançar o que não podemos alcançar por nossas forças, que é a dignidade, o perdão e a glória.
O próprio Jesus disse: “Eu sou a figueira verdadeira e vós sois os ramos. Sem mim nada podeis fazer. Aquele que está ligado a mim, esse produz muito fruto. O ramo que produz, o agricultor, que é meu Pai, apara e poda. Mas se não der fruto, Ele corta e queima”, pois desligado é não daria mesmo fruto. – João 15: 1 a 5. Em outra passagem o apóstolo Paulo diz que Jesus Cristo é a cabeça e o corpo é a igreja. Efésios 4:11 e 12, 15 e 16. Sendo assim, os membros da igreja são o corpo de Cristo e, se o que minha mão faz é eu que faço, o que Cristo faz, o faz através dos membros do Seu corpo, que são os membros da igreja, cuja placa indica a caminho certo.
Portanto, a placa da igreja que indica o verdadeiro Cristo pode salvar. Cristo não salvará se Seu corpo, que é a igreja, não agir efetuando a salvação, respondendo ao comando da cabeça. A placa da igreja em si não pode salvar, mas ela salva se indica o caminho certo da salvação, que é entrar, pertencer e participar da igreja que prega a perfeita doutrina de Cristo. E tal igreja faz também a caridade, pois caridade é um dos frutos do Espírito, o qual motiva os convertidos. A caridade resulta da correspondência ao comando do Santo Espírito de Deus, que orienta as pessoas que reconheceram seus pecados que a Lei de Deus acusou, arrependeram-se, pediram perdão a Deus confiando no sangue de Jesus como suficiente preço pago pelos seus pecados, e, estando então perdoados, gratos ao Salvador por ter morrido em seu lugar, amam-nO de tal modo que agora querem ajudá-lo a socorrer outros pecadores, reconhecendo que estes são impotentes como eles e por isso carecem do socorro de Deus.
Alguém disse que não há perdão fora da reencarnação, porque disse que só o ter que viver novamente neste mundo, em vez de no plano astral elevado, é capaz de humilhar a pessoa a ponto de levá-la a arrepender-se e evoluir para conquistar por suas forças o paraíso ou nirvana. Isto soa como desprezo pela vida presente, como se a vida que Deus nos deu fosse mesmo algo baixo, torturante e imerecido, quando na verdade é maravilhosa, deliciosa e cheia de felicidade e grandeza. Todavia, a destruímos, mas ela sempre será linda para quem tiver Jesus no coração. E, ao contrário do que prega a teoria da reencarnação, somente o perdão de Deus leva a alma à humilhar-se, pois para lançar mão desse perdão é necessário reconhecer que se é impotente para alcançá-lo por nossas próprias força. E quem reconhece a própria impotência jamais se achará mais elevado que o outro, aprendendo então a perdoar seus semelhantes e a ter misericórdia dos que não merecem, pois sabe que Deus teve misericórdia dele que também não merecia. Sendo assim, Deus reativa o círculo de perdão, pelo que já não se retribuirá o mal com o mal duplicando a maldade, mas se retribuirá o mal com o bem, reduzindo o mal pela metade já no primeiro ato e suscitando mais bem em retribuição do bem retribuído pelo mal inicial.
Quem não aceita o perdão de Deus, também não acha justo perdoar o seu semelhante e quem não perdoa seu semelhante jamais receberá o perdão de Deus, pois Cristo assim disse em Mateus 6:14 e 15.
De nada adianta nos esforçarmos para alcançar méritos para o perdão se somente Deus perdoa e Ele não perdoará ninguém por seus méritos, a não ser que a pessoa invoque os méritos de Jesus na cruz. Todavia, para invocar esses méritos é imperativo reconhecê-los e para aceitá-los é imprescindível aceitar que a morte é a conseqüência do pecado que leva ao fim da existência (que a alma é mortal e não existe consciência no mundo dos mortos), reconhecendo então que não podemos passar pela morte para merecer o perdão e a vida, pois da inexistência (que é a morte) jamais se pode retornar sem estar ligado a fonte da vida, que é Jesus. Então, para alcançarmos o perdão, carecemos irremediavelmente da morte substitutiva de Jesus, pois a nossa própria não tem remédio. Para tanto, precisamos reconhecer a Lei dos Dez Mandamentos que diz em que pecamos, reconhecer a autoridade de Deus, reconhecer que O ofendemos e desencadeamos a derrocada da plenitude e da vida ao pecarmos, reconhecer nossa impotência para consertar todo esse estrago e reconhecer o sangue de Jesus como substituto a altura para pagar por aquilo que não conseguimos pagar. Assim então, destituídos de todos os nossos méritos, glória e orgulho, rogaremos perdão a Deus e Ele nos perdoará.
E sem perdão o mal só pode mesmo se multiplicar (como tem se multiplicado durante a história da humanidade), pois seguiremos sempre retribuindo o mal com o mal e deixando de socorrer os necessitados porque eles não merecem socorro, pois entendemos que, porque não fazem por onde, a privação que sofrem é justa retribuição e punição pelo delito da inatividade. E nesse sistema de punir seguiremos sempre produzindo e suscitando o mal. Por isso sabemos que a humanidade não evolui. Ao contrário, evoluímos para o extermínio final.
Portanto, a placa da igreja salva quando ela indica o verdadeiro Cristo, da verdadeira Lei, do verdadeiro Deus. E uma igreja tem sido fiel na pregação sobre esse Cristo nos últimos 180 anos. Sua placa reúne em símbolos tudo o que é preciso para ir ao Cristo da salvação: a Bíblia Sagrada aberta para o mundo, como Deus nos comunica Cristo, a cruz de Cristo, instrumento com o qual Ele nos salvou, e o Espírito Santo de Deus envolvendo o mundo, que é objeto da salvação que Cristo efetuou. E, assim, como descrito em sua placa, esta igreja reflete a luz de Cristo ao ensinar e praticar sua doutrina sem distorções, é instrumento de Cristo a levar o conforto às almas desanimadas, curar pela prevenção, oração e medicina, vestir o nu, alimentar o faminto e acolher o solitário, levando o perdão e o a mor à todos os desiludidos.
Conheça a Igreja Adventista do Sétimo Dia e conheça também Cristo integral, aquele que perdoa, restaura a imagem de Deus nos indivíduos e pode restabelecer a vida eterna em todos. Quem não faz parte do corpo da igreja não está em Cristo e, tampouco, com Ele, pois a Bíblia diz que a igreja é o corpo de Cristo.
Wilson do Amaral