O POETA
Nas minhas rimas pobres
Vagueio em meus pensamentos
Mostro atos nada nobres
Mostro meus sentimentos
Mostro as mazelas humanas
Todas as fraquezas
As intempéries mundanas
Com alguma beleza.
Sendo operário das letras
Construo um pouco de tudo
Versos, frases e prosas,
Que expressam o sentido do mundo
Das fraquezas espirituais,
As asperezas da vida,
Nada de coisas anormais,
Apenas a coisa vivida.
Da alegria a mesquinhez,
Da ascensão a derrota,
O poema é a embriaguez
Do velho poeta idiota.
Mesmo na idiotice,
Embriaga-se de si mesmo,
Extravasa saindo da mesmice,
Ainda escrevendo a ermo.
Para finalizar o discurso do poeta
Escrevo em versos e prosas,
A fim de mostrar à faceta,
Que só encontro nas letras.