POSSESSÃO DE SER FELIZ
Desde que sejamos abertos ao sentido da posse, envelheceremos esperando o novo, que pode ter nome, estampa e inesperadas formas. Porque, tristemente, o exercício amoroso é sempre possessão. Quem tem (ou pensa que tem) não quer perder o gozo e a ilusão da permanência. Traduzindo-se nos cadinhos da Poesia, tal como nos ritos do amar, possessão se confunde com a felicidade nos ritos do corpo. Mesmo que esta seja o espírito absoluto de um instante...
– Do livro A URGÊNCIA ESSENCIAL, 2013.
http://www.recantodasletras.com.br/pensamentos/2175108