(A) CORDA!

A amizade é como uma corda. Trilhada no embalo de uma música, cantada junto, pensamentos numa mesma melodia, serve para pular, brincar, se divertir. Quando uma das pontas escapa, a brincadeira pára. A música pára, cria-se então uma nova função para a corda.O que eu faço com isso agora?

Para amarrar, resgatar, pendurar, também serve, a amizade é essa corda de nós que faz vínculos, amarra pessoas umas às outras e às sustentam, as vezes sobre um penhasco de dúvidas e incertezas ou amarradas pelo simples desejo de ser par, ser múltiplo, pertenço. Puxa de um fundo de poço, vem do nada, quando menos se espera, desenrola, dá a chance de começar de novo. Uma simples trama de fibras, ergue, impulsiona, traz à tona.

A corda, assim como a amizade, dependendo de como é usada, aperta, machuca, sufoca. Quando é muito curta, não faz elos. Estica, puxa, tenta, enrosca algum sentimento em comum para provocar parceria, encontro, enlace.

Estica muito quando as opiniões são opostas, diversas. Cria tensão, ameaça romper. Até que arrebenta. E quando isso acontece cada um cai para um lado, com um pedaço nas mãos,com os fiapos. Sem utilidade, só pedaço, lembrança desfiada de algo que foi forte, útil e flexível. Agora não amarra, não prende, não une... logo, não serve mais pra nada!

Uma amizade que se rompe é uma corda sem força, desgastada pelo tempo ou pelo peso dos fatos. Uma amizade que vale a pena pode ser refeita, e a corda pode ter outra espessura, outro comprimento, outra composição de fibras, porém para isso há de se tecer um novo fio, uma nova trama, uma velha história com um novo nó.

Uma amizade que (re) começa pode ser feita até de um fio de linha, que amarrado com cuidado, une aquilo que existe de mais precioso entre as pessoas que é a capacidade de amar e se doar ao outro.

Não esqueça de amar!

“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não tem inveja. O amor não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. TUDO DESCULPA, TUDO CRÊ, TUDO ESPERA, TUDO SUPORTA.”

Giovana Rossa
Enviado por Giovana Rossa em 31/03/2010
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