Ato estranho
Estou com sono e apesar do dia cansativo que me espera, temo em escrever. Escrevo aos solitários, aos aparecidos e aos poetas virtuais. À meia-noite encerra o prazo do bom senso. Assim, irei finalmente dormir daqui a quatro minutos. Ah, claro, não escovei os dentes. Mas quem definiu essa regra? Bom, a da meia-noite fui eu mesma, que decidi não me matar na frente do computador. A dos dentes eu não sei mas sei que se dormir sem escová-los, serei condenada pelo tribunal da consciência noturna. Aqueles pensamentos vagos e idiotas que teimam em aparecer mesmo quando estamos com sono. Um minuto. Estalo os dedos, vi minha cama,
meia-noite.