Ficando velho...
Acho que estou ficando velho. Talvez eu seja mais um daqueles jovens cansados, de olheiras e reclamações apenas. Talvez eu tenha 20 anos e espírito de 60. Talvez, mas acredito que não estou sozinho nisso.
Durante a semana impera a correria. O banho apressado, o trânsito lento, o almoço não-mastigado, o cochilo de 15 minutos, a vida passando, o mundo insistindo em ser o mesmo e em não parar, sendo essa grande roda viva, roda gigante que nos leva sem ao menos nos dizer pra onde estamos indo, com seus altos e baixos.
Quando chega o fim de semana... Bem, os compromissos permanecem. Há de se estudar o que não foi possível durante a semana, há outros compromissos, há diversos ‘porém’ e ‘contudo’ que simplesmente impedem você de se encontrar em um momento pra si, despreocupado, pra ver um filme qualquer que esteja passando na televisão.
O cotidiano exige um pouco mais de ti a cada dia que passa. Exige superação, força, coragem, esperança e crença de que a compensação estará cada vez mais próxima. Afinal, é preciso acreditar em algo – ou em alguém. Não se pode viver a esmo, sem se perguntar, sem se questionar, sendo levado apenas.
Mas o fim de semana também é o momento que há pra sair, pra ir às festas, aos shows, se encontrar com os amigos e se divertir. É nesse momento que me vejo tão velho... Se divertir deste modo não é o mesmo que descansar.
Não, porque chegarei às 4 da manhã em casa e dormirei 8 horas pra então almoçar com a família no domingo. E com os ouvidos zunindo do som alto da noite anterior, pra melhorar a situação! Isso não é descanso, não é mais pra mim!
Odeio assumir isso, mas... acho que estou ficando velho – e com isso assistirei agora a televisão até pegar no sono, obrigado!