CRÔNICA DE AMOR À VIDA (meditação)
A brisa e o frescor do dia me acariciam a pele e sou grato à existência. Compartilho com as borboletas a fragrância de pétalas se abrindo ao nascer do sol. Acaricio o orvalho, prateando o dorso das manhãs. O dia se faz no canto dos pássaros, uma louvação perene à vida. Fecho os olhos e aspiro a delicadeza da manhã se infiltrando dentro de mim. Uma percepção aguçada de comunhão se insinua e plenifica o meu ser. Esvazio-me de mim e me deixo flutuar pelos umbrais do Infinito, na imensidão cósmica de estrelas e sóis multicores.Tudo é mistério e beleza. Meu coração, em uníssono, dispara uma sinfonia de amor e gratidão ao Criador.
Eu sou o Universo e a plenitude me habita por inteiro.
A vida é uma dádiva de Deus.
Amo viver, porque sei morrer e nascer de novo a cada instante.
(José de Castro, 2006)