Os Poetas do Amanhã
Os sons relutam em formar sentido. Vibrações melódicas num eco de si mesmas. Entre sons, as mãos vão tecendo um emaranhado de símbolos. Cada simbolo com seu encaixe perfeito.
Desses símbolos surgem significados, cada qual diferente para cada olhar. Os olhos despejam suas emoções, num compasso irrefreável, quase que instantâneo.
Dos olhos ao coração. Do coração à alma. Da alma ao presente. Do presente à lembrança. Da lembrança a um novo presente.
Todos somos poetas de nossas próprias vidas. Traçamos símbolos sem utilizar as mãos. Descobrimos significados, muitas vezes, de olhos fechados. Orientamos o amanhã com os traços do presente.
E quase sem querer, percebemos que, hoje, somos os poetas do amanhã, num livro falado, escrito, sentido, vivido.
Um momento. Ouço um som bem suave no ar....