Maria uma mulher qualquer?
Estava ouvindo uma pregação quando o pregador disse uma frase, que transcrevo na integra: “Maria era uma mulher qualquer.”
Depois disso nem precisa dizer que fiquei surda, cega e muda, mas a minha mente começou a pensar: _ Que Deus é esse que escolhe para mãe daquele que deve conduzir a humanidade até Ele, uma mulher qualquer? Seria acaso Deus irresponsável? Afinal de contas Jesus anunciou que é “o caminho, a verdade e a vida, e que ninguém vai ao Pai senão através Dele”, como pode Deus inteligência Suprema do Universo, Causa Primária de todas as coisas, Perfeição Absoluta, Amor Incondicional, Nosso Pai, confiar o seu filho perfeito aquele que deveria representa-lo na Terra, que veio para restabelecer a verdade, mostrar o caminho, apresentar o Amor, ser colocado aos cuidados de uma “mulher qualquer”?
Foi aí que uma amiga me despertou do meu turbilhão de pensamentos, quando disse: _ Para ele mulher deve ser uma qualquer, pois já está no terceiro casamento.
De repente minhas atenções se voltaram para aquele homem que falava: _ Quem seria sua mãe? Seria machista? Aquilo o deixava em paz com sua consciência, afinal de contas já estava no terceiro casamento? Será que buscava a santidade da mulher em cada esposa ou não? Será que já havia refletido sobre a questão da separação e do próprio adultério?
Foi neste momento que ele justificou sua afirmativa mencionando a passagem em que Jesus pergunta ao povo ao ser informado da presença de sua mãe e de seus irmãos: “Quem é minha mãe e meus irmãos? E responde: _ São todos aqueles que fazem a Vontade de meu Pai...”, então percebi que aquele homem não compreendia as verdades que ele pregava e me compadeci porque acreditar que nesta passagem Jesus desmerecesse sua mãe é um desrespeito à pessoa do próprio Cristo, que pregou amor, a honra aos pais (e Ele em nenhum momento disse: “_Somente aos bons pais.”), que no evangelho de João o único que esteve presente na crucificação ao lado de Maria e das outras mulheres, Jesus lhe peça para cuidar de sua mãe, e Ele diz inequivocamente a João: “Mulher eis aqui teu filho... eis aqui tua mãe” – isso demonstra o zelo de Jesus por Maria, pois o contrário significaria considerar lixo tudo o que Ele pregou, pois aquele que não honra seu pai e tua mãe não é digno do Senhor.
Na primeira passagem fica claro no texto, que os irmãos queriam dominá-lo e entrega-lo aos sacerdotes sobre a alegação de que havia perdido a sua alma, com certeza sua mãe se fizera presente: obrigada ou até mesmo para proteger Jesus, e Ele que não perdia a oportunidade de dar um exemplo deu, pois nos informou que “família éramos todos nós!”
Além disso, se buscarmos os textos bíblicos nos lembraremos de que o primeiro milagre (durante o casamento onde acaba o vinho é Maria que pede a Jesus para ajudar, e Ele transforma água em vinho) de Jesus, foi feito a pedido de Maria porque ela sabia quem era seu filho, e só tem ciência de algo alguém com importância, não acham?
Não é preciso ser um Einstein para perceber a importância dessa mulher, não é preciso sequer ser católica para lhe ver a importância, não precisa sequer ser mulher para dar-lhe o devido reconhecimento; basta pensar: “_ Deus a escolheu, por quê? Jesus cresceu em seu ventre, por quê? Recebeu seus afagos, seus cuidados, mamou em teus seios, por quê? Por que ela era uma mulher qualquer?...”
É preciso que nos compadeçamos daquele que lêem, mas não entendem; ouvem, mas não escutam; vêem, mas não enxergam; mas como disse Jesus “tudo a seu tempo”.
Tire suas próprias conclusões não vá pela cabeça dos outros, Deus lhe dotou de inteligência, permitiu que Lutero disseminasse a sua verdade através da tradução da Bíblia, leia, sinta-a, mas acima de tudo viva com os ensinamentos de Jesus: “Amar a Deus sobre todas as coisas, ao teu próximo como a ti mesmo!”
E lembre-se sempre que este pregador não deixa de ser nosso irmão por pensar diferente de nós!