Ventos e Recifes

Buscar é sempre interminável,

Quando em todas as contestações,

Vagueiam uma infinidade de perguntas,

Tão vago, quanto o vazio dessas réplicas.

Navego incessantemente um pélago sem fim,

Onde tempestades acompanhadas de fortes ventos,

Jogam minha nau contra os rochedos da vida,

Recifes esses, que destroem meus sonhos.

Revolto a tantas paixões, naufraga,

Sem cais, fico a deriva,

Absorto em pensamentos,

Entrego minha alma a Poseidon,

Viver é sempre desafiador,

Quando a morte se apresenta tão sedutora,

Um caminho fácil e covarde,

Que a alma humana ostenta na primeira desilusão.

Ontem morri,

Em pensamentos e na palavra escrita,

A pena sobre a tinta derramada,

Descreve o amor que perdi nas sombras.

As trevas tornam-se fascinante,

Quando ainda temos no brilho no olhar,

Mas, se perdemos a luz,

A noite já não exala tanto encanto.

Eu vivi essa eterna busca,

E foi nas trevas, que renasci.

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 16/03/2010
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