Ventos e Recifes
Buscar é sempre interminável,
Quando em todas as contestações,
Vagueiam uma infinidade de perguntas,
Tão vago, quanto o vazio dessas réplicas.
Navego incessantemente um pélago sem fim,
Onde tempestades acompanhadas de fortes ventos,
Jogam minha nau contra os rochedos da vida,
Recifes esses, que destroem meus sonhos.
Revolto a tantas paixões, naufraga,
Sem cais, fico a deriva,
Absorto em pensamentos,
Entrego minha alma a Poseidon,
Viver é sempre desafiador,
Quando a morte se apresenta tão sedutora,
Um caminho fácil e covarde,
Que a alma humana ostenta na primeira desilusão.
Ontem morri,
Em pensamentos e na palavra escrita,
A pena sobre a tinta derramada,
Descreve o amor que perdi nas sombras.
As trevas tornam-se fascinante,
Quando ainda temos no brilho no olhar,
Mas, se perdemos a luz,
A noite já não exala tanto encanto.
Eu vivi essa eterna busca,
E foi nas trevas, que renasci.