Espera
As horas me provocam, me desafiam
Fazem pensar que lenço e documento já viraram relíquia
Trazem sensações que se revelam, rebelam e expõem inércia
Não sei mais de significado nenhum
Não é mais cativa a confiança dentro de mim
Quero ver quando o percurso estiver perto do fim
Porque ao menos alguns caminhos devem cessar enfim
A lentidão se mostra carnívora
E, aos poucos e sem descanso, me devora
Não sei quais as razões ou as crenças aplicáveis
Só sei que todos os meus sensos se sentem responsáveis
Não há super herói, salvador ou alguém pra me resgatar
Tenho a mim mesma, a solidão de sensações e muita conta pra pagar