Os Dias no Front

Começo a fazer a fantasia do bloco transcendental

As roupas serão doadas pelo rei

Pularemos em danças folclóricas para o rei

Preciso agradar a corte, ela carece solitária

Dito isto é ditatorial, pois vês;

Agora que fiz o que lhe agrada

Toma aqui seu prêmio

Uma chave cega de papel

Abra a porta invisível e entre

Estarão dentro almoços, salgados, pasteis;

Mas, lavarei seus pés em bacia inox

Nunca mais ficarei livre tudo se repete

Eu bebendo limonada suíça em copo ecológico

Isto eu penso que evolui, mesmo sabendo que ficarei sem a minha liberdade...

Quando o básico é baseado no momento, eu não consigo entender o quando?

Fica eu querendo saber, e desse jeito, preciso aprender, mas não consigo fazer!

Faço somente o que não deve, faço somente o que quero até parece

Entendo o que seja calmaria em seu arquipélago que assobia

Do alto dos meus anos de vida, apanho de verdade e enfrento fila para viver em pé...

 

Na verdade o que faz encontrar comigo eu digo agora

A água morna para me banhar, uma xícara de chá e o seu sorriso

A vitória dos humildes que moram dentro do meu coração

A insanidade viva dos homens que não tiveram chance nos manicômios

O beijo da corte, a corte beijando a luz

Oh! Corte que não agrada, a corte que maltrata

Eu preciso agradar o rei, sou seu súdito de fantasia o ano inteiro

Por que eu preciso, por que eu tenho que precisar?

Por que eu tento assim de todas as maneiras

Eu preciso fazer macaquices para agradar o rei

Gostaria de poder falar e fazer tudo que agrada o rei

Mas não sei fazer, ainda não aprendi, sou sim um serviçal, ainda não aprendi a fazer tudo que agrada o rei

Eu aprendo sim, quando serei eu, será que quando estiver bebendo a minha própria água.

Escrevendo umas besteiras contemporânea, uma frase encaixada com seu jeito

Agora que já é tarde em meus dias que vão longe de mim

Penso em criar uma obra mais empolgante para sempre agradar o rei.


Moisés Cklein
Enviado por Moisés Cklein em 09/03/2010
Código do texto: T2129281
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