Antes que eu a ame
Julguei que minha convicção não falharia.
Prometi!
E com o espírito tolo, mas repleto de orgulho, selei um pacto com meu coração. Uma promessa que jamais haveria de ser rompida!
...
Contemplo agora a estupidez de quem foi audacioso suficiente para crer que poderia reprimir o frenesi de um coração que se apaixona!
Verte deste imaginário um amor incontrolável! [possivelmente irrefletido.]. Como o sangue que de um corte arterial não se estanca!
Retenha-o com rédeas de aço, busque a força de mil corcéis... Não. Nada refrea o caminhar de quem ama!
Exânime, miserável... morto. O caminhar continua. Até que o mais próximo se esteja de quem se ama.
E não importa se será apenas um escarro na face. Do fim, olvida-se... ao menos quando trata-se do começo.
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Obriga-me a seguir em frente. Luto [quase indefenso] contra o egoísmo de um coração cego, incapaz de sequer vislumbrar o sofrimento do futuro...
Não sabe ele que todo amor que sente jamais será compartilhado.
*
Antes que me consumam os anseios de meu lado irracional...
Esvairei até o último resquício de consciência para manter em cárcere o que sinto.
Perderei-me em outras imagens para olvidar [de uma vez] a sua!
E silenciarei meu coração a cada momento em que tentar se pronunciar.
...
Não posso cogitar a idéia de estar ao seu lado...
Pois maior será a dor no porvir.
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Por isso, antes que eu a ame... trarei meu coração à morte!