MATIZES

Defino o meu labor enquanto virtude...

Na mesma significação a minha vida.

Sou fraco às vezes, por ora um forte...

Que não menospreza a amabilidade.

Nuança que perfaz o estado de glória...

Quadro pintado em tamanha agonia...

Cores e formas, a paisagem natural.

Dignifico todas as coisas e os seres,

Qualquer dia ou esquina eu me acho...

E sem pressa insistirei neste desejo.

Não levo bússola, e sei o meu norte...

A melhor certeza é a que aparenta.

Jamais fustigarei a mesma essência...

Que se foi e que se perdeu no tempo.

Apenas ouço uma canção no rádio...

Aquela que me emociona até hoje.

São emoções vívidas que circundam...

E sem delongas invadem um coração.

Não preciso dizer que me arrependo...

Ou que tudo não passou de uma ilusão.

Se algo não saiu como foi o planejado...

Quão belo início e vivenciado instante,

Perdoe-me, só me resta mudar o final.

Pirapora/MG, 21 de fevereiro de 2010.