O HOJE É O QUE TEMOS em mãos ...

Na década de noventa (passada), em Um Oásis no Deserto da Existência (publicado em 1997), escrevi que:

Às vezes sinto vontade de chorar e lembro das estradas por onde passei...

Sonhos que se perderam no tempo... Obstáculos difíceis de transpor...

Certamente um fragmento do que estaria armazenado na alma, latente no coração... Um demonstrativo do tudo que resume essa existência: O ser ou o não ser... O ter ou o não ter...

Cá entre nós, temos duas coisas, onde estamos: O tempo e o espaço. O espaço parece algo sem limites, exceto quando vivemos num regime de ditadura, especialmente durante o período quando impera o toque de recolher... Por outro lado, o tempo é sempre limitado pelas fronteiras do passado, do presente e do futuro...

O tempo (sempre) nos aprisiona, muito embora uma parte dele já tenha sido percorrida: O PASSADO... Seria impossível retornar um segundo atrás; Da mesma forma que jamais conseguiríamos passar um instante à frente do nosso momento – em nossa caminhada rumo ao FUTURO... Muito embora, exista a condição necessária pra chegar lá...

Assim, o PRESENTE – O HOJE, é o que temos em mãos – Representado pelo momento onde estamos...

SE o momento atual é tudo o que temos, porque não vive–lo de forma equilibrada?

Encontramos nas esquinas da vida, pessoas estagnadas no passado, dizendo coisas do tipo: Antigamente é que foi bom... Ou: Se o tempo me voltasse saberia como fazer...

Por outro lado, encontramos pessoas vivendo (?!) como se tudo dependesse da pressa... Com excesso de preocupações pelo futuro...

Quando às vezes sinto vontade de chorar e lembro das estradas por onde passei... Sonhos que se perderam no tempo... Obstáculos difíceis de transpor... Encontro o conforto necessário porque entendo que em todas as épocas encontramos obstáculos e, a experiência nos fortalece porque sabemos (na prática) sobre a possibilidade de superar barreiras, muito embora os desafios pareçam mais intensos...

Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 20/02/2010
Reeditado em 20/02/2010
Código do texto: T2097180
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