VONTADE LOUCA

De quando em quando ouço a sua voz...

Balbuciando baixinho em meu ouvido.

Passo a entender o que se passa em nós...

Pujante destino este que foi reservado.

Não me impressiono com o puro dilema...

Que ronda meu coração quando a vejo.

Na bondade que se basta da saudade...

E devora o meu desejo de não perdê-la.

Não é invencionice ou apenas fantasia...

Algo que suplanta o que faço e pressinto.

Estranhamente um desejo me assalta...

E sem delongas me faz um bom menino.

Não aceito te perder de vista meu amor!...

Creio numa possibilidade ao lhe devotar.

Quão insistente este constante desatino...

Desta vontade louca de sempre te amar.

Pirapora/MG, 19 de fevereiro de 2010.