SÉRIE ALMAS PEQUENAS Nº 27 - A PRESUNÇÃO
Flutua nos ladrilhos de uma doentia pretensão;
E vê a própria imagem com veneração, legando tudo mais ao detrimento;
Nutre por dentro o preconceito e a discriminação;
Devido à diminuição que atribui a quem não possui seu sentimento!
O ouro do presunçoso é seu castelo imaginário de poder;
Julga-se um iluminado ser, não se compara por se considerar superior;
O seu juízo de valor é baseado no que o outro possa ter;
E nem consegue perceber que a si mesmo nunca se observou!
A presunção não admite uma só fraqueza confessa;
Que ninguém nada lhe peça, para evitar o seu olhar humilhador;
Com um semblante desprezador o seu ego aniquilador não cessa;
E há sempre uma nova remessa de veneno desdenhador!
Aos próprios olhos o melhor, um marketeiro do seu ego;
Porém não passa de um grande cego, que dentre os iludidos jaz;
Não sabe discernir a paz, pensa ser martelo sendo prego;
Um estúpido flagelo, que sofrerá o que o futuro reserva aos tais!
"A dimensão da arrogância é sempre proporcional ao impacto de sua queda"
(Reinaldo Ribeiro)
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