O choro da carochinha

Na noite lírica, no dia claro de nuvens expeças, na tarde de não sei quando agradar ou de vitima suscitar, num breve saque de idéias compatíveis, eu com minhas botas de couros ásperos te enxerguei chorando suas pitangas arrojadas.

De pensamentos dispersos, mas com um coral convincente no qual você mesmo tenta se convencer vem à frente com bandeiras que exaltam a paz, palavras suaves e veneras em pauta.

Quem ousaria julgar este choro de carochinha?

Não era uma visão do acaso, nem uma visão sarcástica, mas uma amostra de como é possível encher nossas bocas nocivas com doces alheios nos fazendo engolir e amargar o fel domesticado e compenetrado de suas existências.

Choras nas alegrias, choras nas horas tristes, choras consigo e comigo o choro da carochinha