Somos assim...

O mundo é um grande corpo, nós somos vírus.

Alguns de nós somos vírus bons, muitas vezes até anticorpos.

Outros são como câncer, nasceram para destruir e fazer o mal.

Os vírus bons edificam, passam pelo grande corpo e constroem.

Vírus maus matam vírus bons, e ainda produzem mais vírus maus.

Às vezes os vírus bons entram na área errada, a dos vírus maus e ouvem uma falaciosa ária que encanta e nelas se encantam, se enganam, se contaminam.

Neste estágio desequilibram o grande corpo, mas se no fundo a essência viral realmente for boa um outro vírus bom pode resgatá-lo.

Esses vírus de qual falamos nasce, cresce e morre. Geralmente sua duração máxima de vida é de 100 anos.

Os vírus se relacionam e durante sua vida deparam-se com um trabalho árduo para cumprir sua missão.

Essa missão existe a partir da atmosfera, se o vento sopra para o leste, o vírus segue para lá, se para o oeste também...

Nesta caminhada há muitos encontros e desencontros. Mais desencontros que que encontros, pois o vento não permite tudo, mas não proíbe nada.

No entanto, se o vírus caminhar contra o vento certo, o vírus mata sua própria essência.

Há pessoas que entram em nossas vidas e achamos que permanecerão para sempre, mas de repente elas já foram embora, muitas vezes não é possível nem uma despedida, ou nem atitudes bem pensadas, às vezes a ansiedade de seguir o vento leva-nos e leva-os.

Pessoas breves, mas que deixaram um aprendizado em nossa infância, adolescência e na juventude.

Surpreendentemente, quando abrirmos nossos olhos amanhã seremos vírus combatidos com o remédio do tempo, desgastados com o embate da vida, olhando para frente sem sortir-se de desejos, apenas com a lembrança dos aprendizados.

Se você for um vírus bom para o mundo enquanto vive ele te recompensará com um antídoto, como se houvesse uma fonte viva de energia, sendo assim, mesmo que você morra, viverá.

Se ao contrário, você será eliminado, como se o mundo fizesse uma quimeoterapia para te matar e arrancar suas raízes más mais profundas, desta maneira, não haverá meio de você renascer.

Siga o vento com bom senso...

Anna Paula Costa
Enviado por Anna Paula Costa em 07/02/2010
Reeditado em 09/02/2010
Código do texto: T2074046
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.